
Os assaltos à mão armada a estabelecimentos comerciais e condutores, para roubo de viaturas, não param na Grande Lisboa - desde o dia 1 de Janeiro até 30 de Outubro registaram-se 460. Os alvos são os restaurantes (60), as ourivesarias (49), os supermercados (49) e as farmácias (24). Quanto a carjackings, são o tipo de crime que mais está a preocupar as autoridades, contando já 120 casos. Os veículos são depois utilizados em outros assaltos a pessoas e lojas.
Os dados constam de um relatório de análise dos fenómenos criminais, elaborado pela PSP e a que o CM teve acesso, que mostra ainda um aumento da criminalidade nos meses de Janeiro, Agosto e Setembro, com 60, 52 e 50 ataques com armas de fogo, respectivamente.
O documento refere que Loures e Sintra são os concelhos onde se registam mais crimes - recorde-se que o comando da PSP de Lisboa patrulha a área compreendida entre a Baixa Pombalina e Torres Vedras. Terça, quarta e quinta-feira são os dias da semana em que os estabelecimentos são mais fustigados pelos assaltantes, que actuam sobretudo em grupos de mais de dois elementos. A excepção são as farmácias, preferencialmente assaltadas por solitários.
Confrontado com estes dados, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, diz que tem de se apostar no aperfeiçoamento dos recursos materiais. "A Polícia não pode andar aquém da realidade, e já que os assaltantes utilizam métodos cada vez mais sofisticados, os agentes devem manter-se actualizados", considerou, apelando a mais meios policiais.
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